A
Graphia surgiu, no começo da década
de 90, fazendo prospecções
críticas na cultura brasileira,
com a publicação de dez
volumes da Série Revisões,
dedicada ao reexame de vida e obra de
autores clássicos ou fundadores
da nossa modernidade estética.
Desde
o primeiro título, a Obra Dispersa
de Manuel Antônio de Almeida, até
então inacessível e recolhida
nas fontes primárias (revelando
um abolicionista e republicano radical,
da baixa classe média urbana, que
vive e desaparece precocemente no apogeu
do tráfico de escravos, da elite
agrária e do Segundo Reinado) a
coleção inicial se caracterizou
por mudar, à luz de informações
novas ou de um enfoque diferenciado, a
versão estabelecida. E por aprofundar
não só as conexões
entre produção intelectual
e condições de vida, mas,
de ambas, com a história e a situação
social.
Estas
motivações principais permanecem
até hoje e se projetam tanto na
linha de trabalho da editora de
valorização da pesquisa
original quanto nas suas maiores
áreas de interesse: literatura,
história, sociologia, antropologia,
lingüística, psicologia, comunicação. |